A história começa lá do início, explica a narradora de Tecelina (Porto Alegre: Projeto, 2007) porque é contada de geração em geração. Antes de chegar à história da Tecelina passa por várias Gertrudes. Todas teciam e teciam. A mãe Gertrudes tecia o enxoval da filha Gertrudes. Quando nascia uma nova Gertrudes, também a mãe da nova Gertrudes tecia o enxoval. Mas quando Tude nasceu e começou a tecer algumas coisas começam a mudar. Suas peças eram uma surpresa. Tecia cortina que parecia com abajur. Mas, e a Tecelina? Bom, Tecelina é filha da Tude com o Técio que teciam juntos é aí que a prosa toma outro rumo ... Assim é o livro de Gláucia de Souza uma história puxa outra como fio de tecer. Lendo a história da Tecelina lembramos outras histórias e vai crescendo esse tricô de imaginação e fantasia. A ilustração divertida e de cores vivas são de Cristina Biazetto descrevem as emoções narradas pelo texto. Li este livro para um grupo de crianças de idade variada cada qual acrescentou outra história a história da Tecelina e, como diria a narradora, o final ficou bem lá no fim do fim.
QUE HISTÓRIA EU LEIO?
Espaço para o contador de histórias que há dentro de cada um de nós. São resenhas da Literatura Infantil (contos de fadas, fábulas, poesia) para auxiliar na escolha da história a ser lida oralmente às crianças de todas idades.
domingo, 11 de setembro de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
BRINCADEIRA DAS PALAVRAS
Palavras brejeiras fazem a toda gente foliar... É a sensação transmitida ao ler Um jeito bom de brincar de Elias José (São Paulo: FTD, 2002). Livro em que os poemas, com seus ritmos animados e engraçados, aguçam a vontade de brincar com as palavras e continuar o poema. Assim ocorre no Poema em iz, Coisas dispensáveis, Exclamações e Canseira que dá canseira. Sugere o autor que também se pode brincar de outras maneiras com os poemas: de encenar, de brincadeiras em grupo ou qualquer outro jogo poético. São poemas que falam de bichos, de menina e de menino. As ilustrações de Sônia Magalhães e Bia Sampaio são colagens que parecem se movimentar, bem humoradas que também chamam para brincar. Prepare-se para ler e reler muitas vezes esse divertido jogo de palavras!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
O MENINO, A FADA E O RÁDIO
Léo é um menino dos dias de hoje, chega da escola deixando portão e a porta da casa aberta, derrubando cadeira, mochila pelo chão e se atirando no sofá da sala. Sendo muito agitado, Léo não consegue chegar ao fim de nenhuma tarefa, até o banho e a lição de casa eram feitos rapidamente, mas tudo pela metade. Sua mãe fica muito brava com sua falta de determinação em completar uma tarefa. Seu Tio Lourenço, mora do outro lado da rua e tem uma oficina cheia de ferramentas e quinquilharias. Naquela noite, em que os pais visitariam uns amigos, ele dormiria na casa do tio. Era a oportunidade que desejava para mexer no velho rádio vermelho escondido na oficina. Ao fazer o rádio funcionar novamente ouviu alguém lhe chamando. Era uma fada que havia ficado presa dentro do rádio. A fada trabalhava numa história e, quando o rádio não funcionou mais, ficou presa dentro dele desde 1968. Ela nem sabia que estava no século XXI e nem conhecia computador. Mas, agora poderia terminar a história e ajudar a libertar os meninos presos na caverna. Ele teria que escutá-la, assim dizia a profecia. Léo conseguirá ajudar a fada encontrar o final da história? É o que se vai descobrir na leitura de Uma fada aprisionada de Viviane Gil e ilustração de Dilce Laranjeira (Franco Editora). No entanto, exigirá do contador muito mais que somente a leitura oral, pois a história desperta nos ouvintes a curiosidade de temas como a democracia, o uso do rádio nos tempos em que o computador não existia, rádio novelas e outras histórias do Brasil do século XX. É ler para conferir.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
JOÃO E SEU JARDIM SECRETO
João passa a maior parte de seu tempo desenhando, enquanto seus pais trabalham no armazém da família. Da janela do seu quarto, avistava um bosque na área de uma antiga fábrica, localizada entre a ruazinha onde vivia e outra rua movimenta. Era habitado por curiosos animais que somente surgiam à noite. Ele pensava muito sobre esse mundo a sua volta. A pequena floresta torna-se o seu jardim secreto. Um dia despertou com o barulho de uma escavadeira cortando as árvores e as flores do bosque. A área verde daria lugar a um grande prédio. João ficou chocado e furioso. A sombra do prédio em construção crescia e envolvia seu coração.Certa manhã, porém, ao abrir a janela do quarto, no parapeito, depara-se com os brotos nascendo dos vasinhos e sentiu que poderia novamente enxergar o verde. A ilustração procura captar a vitalidade e o mistério das florestas por meio dos diversos tons de verdes, suaves dégradés e sombreados. Meu jardim secreto de Shu-nu Yan e tradução de Silvia Sapiensei (FTD) destina-se ao leitor criança, pois é do seu ponto de vista que o conto trata da complexa relação entre o homem e a natureza. A delicada forma de narrar, suavemente poética dialoga em harmonia com os traços, não menos sutis, das ilustrações. Uma obra prazerosa.
domingo, 26 de junho de 2011
IMAGENS QUE NARRAM
sexta-feira, 17 de junho de 2011
UM BATALHÃO ENGRAÇADO
Publicada pela primeira vez em 1948, o Batalhão das Letras de Mario Quintana é uma espécie de cartilha poética para apresentar cada uma das letras do alfabeto ao público infantil. Quintana propõe à criança fazer com as palavras o que esperam dela, ou seja, aprenda a ler e escrever. Esse jogo das palavras encontrado na poesia também está presente na própria criança, pois nas brincadeiras de pular corda há um ritmo, uma cadência, as combinações nos jogos de cartas e dominó caracterizando a linguagem poética em algo típico da criança e que a percepção infantil e a poesia convergem. A nova letra do alfabeto apresentada integra elementos do universo infantil. Tal artifício é significativo para aproximação do leitor criança, como os brinquedos dos versos do B, bola e bilboquê; elementos da natureza como flor, formiga nos versos da letra F e borboletas, cachorro, jacaré, passarinhos. Mas, o frisson é a letra X que faz. Os pequenos se divertem com a palavra "xixi". Na época do lançamento do livro, algumas escolas de Porto Alegre (RS) chegaram a proibir o livro por mencionar "xixi" ao caracterizar a letra X. Assim, Quintana associa várias áreas do conhecimento sob um ângulo poético, promovendo, desta forma, a imaginação e a criatividade da criança. Ritmo, construção de imagens, irreverência e humor são características de O batalhão das letras que seduzem e estimulam leitores de várias idades. Na reimpressão de 2007, da Editora Globo, Eva Furnari ilustra a obra do poeta representando cada letra com humor casando perfeitamente com a atmosfera divertida da obra..
INQUIETAÇÕES DE UMA BRUXINHA CURIOSA
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